Foi em 12 de março de 1989 que um então engenheiro físico de 33 anos, chamado Tim Berners-Lee, entregou ao seu chefe um documento intitulado “Gerenciamento de Informação: Uma proposta”. Nele, haviam enunciados que compunham a ideia de uma “ampla base de dados baseada em hipertexto, com links digitáveis”, a fim de auxiliar no compartilhamento de informações entre seus colegas de trabalho no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, na Suíça), onde está instalado o maior acelerador de partículas do mundo — o Grande Colisor de Hádrons (LHC).
O documento ficou conhecido como “Mesh” e tornou-se famoso por ser, basicamente, o primeiro rascunho do que viria a ser a Internet como a conhecemos hoje. De lá até aqui, muita coisa mudou: o “mesh” não é limitado aos trabalhadores do CERN, Berners-Lee recebeu a honraria de tornar-se um cavaleiro pela Ordem do Império Britânico e o mundo sem a rede mundial de computadores seria algo inimaginável dentro da nossa realidade. Só no Brasil, são mais de 120 milhões de domicílios conectados, segundo o Comité Gestor da Internet (CGI).
A Google, no intuito de celebrar os 30 anos da World Wide Web, criou um doodle especial elucidando o histórico da web desde o documento que lhe serviu como proposta inicial (ele foi recusado pelo chefe de Berners-Lee, que o chamou de “empolgante, porém vago”), abordando levemente a diferença entre a rede mundial de computadores e a Internet propriamente dita...